terça-feira, 11 de agosto de 2015

CIPATEX DECOR - Entrevista


ipatex®: Como é ser arquiteto e artista plástico? É muito tênue a linha que separa a arte da arquitetura quando se olha pela linha da criação. Ambas têm como suporte os mesmos pilares: geometria, forma, ritmo, proporção, cor, texturas, sentimento. Eu encaro as duas com o mesmo propósito: produzir um trabalho que vai tocar a vida da pessoa de uma maneira única. Quando faço arquitetura, entro no mundo do cliente: como ele acorda, trabalha, relaxa, suas manias, seus gostos. Com isso posso oferecer algo que vai somar ao dia a dia. A maneira que a luz desenha o ambiente, o fluxo na circulação, o que está próximo ou escondido, o tempo para usar cada espaço, a impressão causada em que entra pela primeira vez, são equações que preciso equilibrar na concepção. Quando faço arte procuro tocar outro ponto, o imaginário. Quero fazer sonhar, trazer sensações, mexer no passado e no futuro. Quando é alguma encomenda busco trazer para o 2D o que a pessoa está imaginando, são lembranças a partir de uma foto importante ou mesmo adicionar fantasia a um retrato. Quando crio por mim é uma maneira de mostrar o que penso, como gostaria de mostrar para as pessoas o que acredito. Detalho pontos que valorizo, coisas esquecidas, cores de outra época, misturas até então não feitas, fazendo disso um meio de mostrar possibilidades para o futuro: Novas percepções para enxergar.

Cipatex®: As tuas obras estão em projetos de outros colegas, ou preferes concentrar apenas nos teus trabalhos? Tenho vários colegas que escolhem minhas artes para completar a decoração, muitas são encomendas específicas para seus clientes e outras já criadas do meu acervo. Encaro como um privilégio esta colaboração. Já tive obras expostas em mostras de decoração, apartamentos decorados de vários colegas. Estou sempre aberto a este tipo de parceria.  

Cipatex®: Hoje qual dos dois lados tem tua preferência, ser arquiteto ou artista plástico? Fica difícil destacar qual área escolher. Minha intensão com cada uma delas é diferente. Trabalho com arquitetura há muito tempo, meus trabalhos têm uma linha que sigo, são trabalhos mais rígidos na forma, às vezes monocromáticos, fico limitado com os materiais, produtos existentes, orçamento e estilo de cada cliente.

Com arte este limite expande um pouco mais. Uso mais cores, texturas, posso ousar e quebro a relação com a realidade.

Cipatex®: Depois de várias mostras de decoração, exposição e tantas outras coisas o que ainda te dá um frio na barriga? O frio na barriga é sempre o trabalho novo que entra. É a possibilidade de modificar a vida das pessoas com meu trabalho seja ele arquitetura ou arte. Cada trabalho vem com um pedido de solução para um desejo, nessa hora tenho a chance de com meu conhecimento e experiência criar algo nesse sentido. Trazer felicidade.